#Resenha - A Vida como ela é, de Christiane de Murville - Editora Janela da Palavra, por Jéssica Rufino



Título: A VIDA COMO ELA É
Autor: Christiane de Murville
ISBN: 8788566400052
Gênero: Ficção
Páginas: 144
Editora: Janela da Palavra
Cortesia da Autora
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Sinopse:

"Ambientada em um prédio de classe média, essa narrativa tão atual quanto instigante traça as trajetórias de dois vizinhos que se encontram com certa frequência no elevador do prédio. Enquanto um se preocupa essencialmente em subir na vida e se transformar em uma personalidade de sucesso, o outro opta por uma vida qualitativa, afinada ao que lhe proporciona animação e paz. Esses dois modos muito distintos de perceber a realidade e de se relacionar no mundo levam cada um dos personagens a caminhos e escolhas radicalmente distintos, que conduzem a um surpreendente desfecho."



Resenha:

Presentes inesperados, revelam mensagens que a vida muitas vezes quer nos dar. Ganhei o livro de Cristiane de Murville da minha amiga Rê Souza, ela ainda enfatizou que sentia que eu ia gostar do livro. E Ela estava certa!!!

Após ler a sinopse percebi que realmente o livro pertencia ao estilo que eu gosto e comecei a leitura. Foi impossível não me apaixonar, enquanto não terminei o livro não desgrudei dele e agora ele ficará e um espaço especial da minha estante, para em breve ser emprestado para águem que esteja precisando desta mesma mensagem.

Se você ficou curiosa para saber qual é a história do livro, vou fazer um breve resumo. Tudo começa com um encontro no elevador, entre dois amigos dos tempos de colégio que moram no mesmo prédio, João Astolfo morador do 11º andar e Ruflle Johnes do 10º. Ambos têm padrões de vida parecidos, pois trabalham como vendedores e até o mesmo modelo de carro eles têm, porém o jeito de enxergar a vida é oposto.

João Astolfo, com quem muito me identifiquei, decidiu fazer aquilo que amava e mesmo trabalhando como vendedor, não abandonava sua paixão pela música, assim fazia mais do que um vendedor na loja de instrumentos musicais onde trabalhava, pois sempre testava os instrumentos para os clientes e dava pequenos shows na loja, assim com o tempo foi promovido e passou a ganhar mais, porém acumular dinheiro e bens materiais não era o objetivo de sua vida.

Já Ruflle Johnes tinha o sonho de ganhar muito dinheiro e se tornar poderoso, comprar o melhor carro, a melhor casa e tudo de melhor que a vida poderia oferecer a quem dispõe de muito dinheiro. Não era feliz trabalhando na loja de departamentos, mas se dedicava e assim também foi promovido. Mas a grande ideia de Ruffle Johnes foi, junto com mais dois amigos, criar um site de vendas. Que deu muito certo e os três amigos começaram e enriquecer.

No mesmo sentido de ascensão João Astolfo começa a tocar em uma importante Orquestra Sinfônica, dá aulas particulares de instrumentos musicais e faz trabalho voluntário em bairros carentes, sempre trabalhando com música, sua paixão e seu maior dom. A vida abençoou com prosperidade o caminho dos dois amigos, porém ao longo da história percebemos claramente que cada um escolheu uma maneira de aproveitar este bom momento.

A história é incrível, porque mostra exatamente a importância do Ser em relação ao Ter, mostra também a diferença das vibrações que cada pessoa emana de acordo com seus pensamentos e atitudes. Vemos a vida triste e vazia, daqueles que buscam apenas o Ter, as festas grandiosas regadas a muita bebida e uma diversão passageira, que quando finda deixa todos os integrantes jogados no mais profundo vazio. Mostra também, a importância de fazer aquilo que amamos, de colocar em prática nossos grandes sonhos e talentos, pois quando amamos o que fazemos o trabalho não é um fardo, mas sim uma atividade prazerosa, que nos engrandece. E quando amamos aquilo que fazemos, desejamos espalhar esse conhecimento pelo mundo, sonhamos em transformar o mundo em um lugar melhor, pois entendemos que a vida vai muito além dos bens que podemos comprar. Não quer dizer que João Astolfo vive uma vida totalmente privada de bens, mas que ele aprendeu que todas aquelas coisas não eram sua razão de existir.

O final é bonito, triste e apaixonante.

Realmente um livro que introduz conceitos universais de maneira simples e despretensiosa, com uma linguagem leve e acessível. Diria que é um livro para se ler em momentos decisivos da vida. A autora foi muito feliz ao escrever essa bela narrativa e gostaria de agradecê-la por me mostrar de forma alegórica, que assim como João Astolfo, eu fui feliz em minhas escolhas.

Jéssica Rufino




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