Revirando a Estante - Quando Nietzsche Chorou - por Jéssica Rufino



(Baseado no filme sobre a vida e obra de Friedrich Nietzsche)
 Jéssica Rufino




É difícil perceber onde nossos próprios desejos podem nos levar. E Realmente, em muitos casos “amamos mais o desejo do que o próprio objeto de desejo”.

Há um limiar entre esses pensamentos, entre nossa razão e nossas emoções, uma estrada que as divide, um caminho perigoso demais para quem decide segui-lo. Um caminho onde tentamos encontrar razão nas emoções e emoções dentro da razão.

Ás vezes chega a causar medo. E todos esses pensamentos, todas as sensações associados às nossas vivências e medos são perigosos, mas extremamente intrigantes. Depois que se escolhe esse caminho fica difícil retornar – Impossível ser o mesmo de antes.

O conhecimento é uma ferramenta interessante, pois sem ela a escuridão da ignorância nos consome e acabamos nos tornando sombras, fantoches de pensamentos e teorias alheias. Porém viver no limite do senso comum é viver em plena serenidade, é dormir sem preocupações existenciais, é cumprir o que nos é socialmente imposto. Viver assim é levar a serena vida dos ignorantes.

Quem busca o conhecimento, quem vê em cada situação da existência uma oportunidade de aprender. Aquele que se dedica a explorar as muitas verdades sobre a vida, morte, amor, Deus etc. Já não dorme tranquilamente, não enxerga a realidade com simplicidade, pois há muitas verdades e quanto mais se aprende, mais se tenta construir sua própria verdade, sua própria teoria sobre o viver.

Somos expulsos do paraíso a partir do momento em que encontramos o conhecimento. Assim ficamos perambulando pela Terra a procura de verdades que nos convençam, teorias que expliquem o destino do universo e do ser humano.

Vivendo muitas vidas nas páginas dos livros e nas artes. Procurando as diversas maneiras de se enxergar a vida, construindo nosso próprio mosaico, totalmente abstrato para os outros, mas muito compreensível para nós mesmos, deste modo encontramos elementos para nos constituir.

Quem pensa em demasia encontra caminhos que os outros nem imaginam, porém precisam conviver com a solidão dos incompreendidos.


                                                                                 



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