#Entrevista com Sergio Rossoni, autor do livro Birman Flint e o Mistério da Pérola Negra - Chiado Editora

Olá queridos leitores!




 O Entre Resenhas resenhou a obra de Sergio Rossoni recentemente, e a história é tão encantadora, que o blog não poderia deixar passar a oportunidade de conhecer melhor o autor e como tudo começou!

Bem vindo Sérgio, 




E R:  Sérgio, conta pra gente quando e como surgiu a ideia de escrever Birman Flint e de onde veio a inspiração.

A ideia de escrever algo, sempre esteve presente desde pequeno quando ainda rabiscava minhas próprias hqs. Mas posso dizer que a paixão e a coragem para botar a mão na massa de verdade, surgiu quando realizei um trabalho promocional para uma determinada empresa, criando historias cujo temática era a preservação do meio ambiente, protagonizado por animais em extinção. 
Mais tarde ocorreu-me a ideia para algo, deixando amadurecer algum tempo até sentar diante do computador e esboçar um primeiro capitulo bem diferente do resultado final.
No inicio, encarei aquilo como algo que me permitia extravasar do dia a dia, sem qualquer pretensão de torná-lo um livro, até que a coisa foi tomando forma e roubando meu tempo cada vez mais. Comecei a levar a ideia a sério e fui mergulhando na historia (ainda um esboço), feliz da vida por poder expressar tudo o que queria e que admirava nos contos de aventura e mistério.
Cursei algumas oficinas que serviram-me de inspiração e encorajamento para encarar o fato de que sim, estava mesmo escrevendo um livro, assumindo então como algo de concreto, real, dedicando então parte do meu dia na composição e criação desse mundo imaginário.
Heróis como Corto Maltes, Tintin, Indiana Jones, Sherlock Holmes entre outros tantos, sempre estiveram presentes na minha vida como grande fonte de inspiração para a criação do meu próprio personagem. Contudo, os antigos desenhos da Disney, onde animais já se portavam parecidos como no mundo do Flint, permeavam meu mundo inconsciente trazendo à tona esse desejo incrível de trabalhar com esta forma de expressão que é a escrita.


E R:  Quanto tempo você levou até chegar ao final do livro?

Foram quatro anos. Como disse, os personagens bem como o enredo eram muito diferentes do Flint que conhecemos. Escrevi um livro inteiro que inicialmente se chamaria "As aventuras do gato Mush". Reescrevi toda a historia e numa terceira investida, nomes e trama foram assumindo um nome formato. Na metade do livro, resolvi retoma-lo desde o inicio, desta vez formando ideias e utilizando-me de algumas técnicas de organização que me ajudaram bastante. O livro final surgiu na metade deste terceiro ano, finalizando-o e revisando-o em um ano aproximadamente.

E R: E com relação ao processo de escrever, revisar, encontrar uma editora para a publicação foi difícil?

Não acredito em dificuldade. Sempre dialoguei internamente com o Flint, e desde o início, sabia que faria de tudo para ele se tornar real (conversa de louco né? risos)
Enviei alguns originais, obtive contatos com alguns professores, dentre eles o Ricardo que assina o prefácio, busquei dicas de autores na internet e fui criando uma rede de contato com varias editoras; tive sorte quando a Chiado, indicada pelo próprio Ricardo Filho, sinalizou de forma positiva demonstrando um certo interesse pelo livro.
Na altura do campeonato, eu estava decidido a bancar meu projeto caso fosse necessário; não o deixaria morrer numa gaveta. Sempre acreditei no livro, e tinha comigo uma sensação agradável e positiva quando pensava nele. Ficava imaginando entrar em uma livraria e deparar-me com Birman Flint, sentindo aquele comichão que dá quando estamos diante de algo que curtimos muito.
Aprovado, começamos já na Chiado todo o processo de revisão, que foi realizado por uma profissional em Portugal.

E R: Lendo a história de Birman Flint, que achei fabulosa e me encantei por esse personagem, deu pra notar que você tem muito carinho por animais, especialmente por gatos, fale um pouco pra gente sobre isso.

Gatos são minhas paixões. São seres especiais, carinhosos e espertos. Tenho cinco filhos felinos (Tintin, Milu, Maltesa, Princesa e Nina)
Sou um amante de qualquer animal, e protetor também. Creio que o amor e o respeito se deva a qualquer ser vivo, e nós humanos nos diferenciamos somente em especie, sendo animais de outras raças muitas vezes melhores e mais verdadeiros do que o bicho homem em todos os sentidos.
Costumo dizer que o homem é o único bicho que faz distinção de outras especies, e até mesmo da sua própria. Animais de outras raças se adotam independentes de pertencerem a mesma categoria, se respeitam e se amam incondicionalmente. Sou adotado pelos meus gatos, e com eles, me torno a cada dia a ser um homem melhor. São meus filhos, porque me dão amor, e precisam do meu amor também.
Essa minha causa começou quando ha muito tempo, socorri um gato ferido que acabei adotando, batizando-o de Mush, e que infelizmente ficou pouco em nossas vidas, deixando um amor imenso em nossos corações. Posso dizer que ele despertou tal consciência, sendo o livro uma homenagem a todos os animais e protetores que se dedicam a sua causa. Inicialmente, as aventuras do gato Mush foi uma tentativa de torna-lo imortal em mim.

E R: Como é o local que você usou para escrever seu primeiro livro? (Isso é uma coisa que todo leitor tem curiosidade de saber)

Meu escritório é um lugar bastante simples, porem procuro deixá-lo sempre aconchegante, ainda que bagunçado. Ainda uso um desk antigo que fica entre pilhas de livros numa estante.
Na orelha do livro, a fotografia onde apareço com a Milu, minha companheirinha de sempre, ele aparece parcialmente.

E R: A capa do livro é linda, fale um pouco sobre a ilustração, como foi o processo até a arte final.

Conheci o Ronaldo Barata da Quanta academia de arte, onde cursei desenho em 2014. Muito embora tivesse um Flint em minha cabeça, me recusava eu mesmo de criar qualquer esboço com medo de prejudicar minha imagem interna. Quando a Chiado sinalizou positivamente, depois de algumas tentativas fracassadas por parte da editora em criar uma capa que traduzisse aquilo que eu tinha na minha cabeça, permitiram com que eu contatasse um profissional. Corri para a Quanta, e em uma tarde batendo um papo com o Barata, passei minha ideia que ele assimilou com perfeição. O cara é demais, e foi rabiscando enquanto eu descria cada personagem. No fim do encontro eles já estavam esboçados.
Minha única interferência foi na disposição dos personagens, criando um esboço como se fosse um daqueles cartazes de cinema, sendo enfim adaptado pelo Barata que chegou enfim a capa finalizada.

E R: Já está escrevendo o segundo livro da série? Previsão.

Sim. Na verdade, o livro foi escrito numa única tacada (parte 1 e 2). Porem, um único livro com quase 700 paginas não cabia dentro do projeto da Chiado.
A previsão para o livro II é para 2016. Atualmente, estou envolvido em outro projeto (um novo livro apresentando um novo personagem), mas tenho já rabiscado algumas ideias para o que será uma nova aventura do gato repórter.

E R: E como está o coração para o lançamento dia 14 ?

Puxa....ansioso

E R: Sérgio, obrigada pela entrevista, e para encerrar deixe uma mensagem para nós.

Eu é que agradeço pela enorme força e incentivo seu. Aos seus leitores (do qual me incluo tbm), espero que possa proporcionar a vocês momentos de prazer e alegria, inspirando-os de alguma maneira para que vocês realizem os seus projetos...sempre.

Abraço

Sergio















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