#Resenha - Onze Semanas, de Ernani Lemos - Chiado editora

Olá queridos leitores!


Sinopse:

"A relação de amor entre duas pessoas, seja de mãe e filho, seja de marido e mulher, é desmedida por padrão. No início a empolgação se esforça para esconder todos os defeitos e no fim o cansaço faz esquecer todas as qualidades. Não há relacionamento em que uma pessoa veja a outra com justiça. Se existe alguém com quem nunca somos generosos, é com quem amamos.

Que acontecimento poderoso consegue afastar mãe e filha por quase toda a vida? E que tipo de força é capaz de reaproximá-las nas fronteiras da morte?

Da cama de hospital onde vive seus últimos dias, Claudia dá início a uma jornada dolorosa pelas experiências que moldaram a história dela e da filha, Meg. A mãe terá que ser mais rápida do que a morte para convencer a jovem a dividir confissões de uma vida marcada por um trauma. Manter-se viva e reviver a memória serão os desafios de Claudia para mudar o mundo das pessoas que mais ama.

Com uma dose de mistério que fatalmente leva os olhos à próxima página, Onze Semanas é uma viagem de sensações viscerais que conduz o leitor inúmeras vezes, sem que ele perceba, ao papel dos personagens."



Resenha:

Relutei em escrever essa resenha pelo simples fato, de que talvez não consiga expressar em palavras o que senti durante a leitura. As emoções que vivenciei durante a história entre mãe e filha – Claudia e Meg é tão tocante e intensa que acabou fazendo isso comigo, me deixou sem palavras suficientes para descrever esta avalanche de emoções. E por mais que eu teça elogios à obra, não vou conseguir passar aos leitores sua grandiosidade e o que ela é capaz de fazer conosco.

Conforme as palavras de Marcos Losekann no prefácio, sobre Onze Semanas ser uma obra que “cutuca a alma” para mim foi além, é uma pancada forte e poderosa, não consegui avaliar qual história foi a mais dolorosa, se a vivida por Claudia - que sobreviveu a um inferno constante de culpa - ou a vivida por Meg, que jamais curou as feridas e traumas consequentes de tantos vazios deixados em sua vida, pelas atitudes da mãe.

Não pense que Onze Semanas é um mar de lágrimas e lamentos, nada disso, a história narrada aqui, me fez rir em alguns momentos, apesar da carga emocional  que o autor joga em nossas mãos sem nenhum receio.
 Onze Semanas possui situações divertidas e isso ajuda a aliviar a tensão dos acontecimentos que Claudia passa a escrever em um caderninho, maneira que encontrou para se aproximar da filha e tentar reparar todo mal-entendido, vazios e traumas vividos em suas vidas. 

Pode-se dizer que o prazo de onze semanas é muito pouco para reparar danos de uma vida inteira, mas no caso de Claudia e Meg, foram suficientes para que ambas encontrassem o caminho.

Ernani Lemos escreve com convicção, sensibilidade e segurança, me cativou logo nas primeiras páginas, a história é instigante, cada página lida é uma emoção diferente a ser vivida, busquei junto das personagens uma explicação, uma cura para toda ferida emocional e culpa arrastada por anos e anos por essas mulheres.

Tenho que concordar com as palavras citadas no livro que Onze Semanas “é uma viagem de sensações viscerais”, ora sentimos amor, ora compaixão, ora um ódio incontrolável de uma pessoa que veio ao mundo no papel de pai para amar e proteger, e não destruir e contaminar todos com sua existência doentia, e toda essa confusão de sentimentos me revirou por dentro.

Ernani Lemos criou personagens apaixonantes, com defeitos e qualidades que beiram o real, uma história muito bem construída, com um toque de drama e mistério que envolve e cativa e que me levou à uma viagem marcante e inesquecível.

A escrita do autor é simples e romantizada, fluída e impactante, Onze Semanas vai permear minha imaginação por muito tempo, uma história dolorosa, mas ao mesmo tempo doce e sentimental, com apelo ao perdão, e a descoberta de um amor incondicional entre mãe e filha.

A capa é sugestiva, não encontrei nenhum erro de revisão, a edição está impecável. A Chiado Editora está de parabéns.

Tocante. Encantador. Marcante.



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4 comentários

  1. Estou honrado com as suas conclusões. Obrigado pela gentileza de ler e compartilhar. Essas emoções divididas entre quem escreve e quem lê é a maior recompensa de todas. Muito obrigado! Ernani

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    1. Olá Ernani,

      Obrigada pelo comentário :)

      Eu que me sinto honrada e recompensada em ter tido a oportunidade de conhecer sua obra :)

      Beijo

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    2. PS: eu quis dizer que essas emoções SÃO a maior recompensa. De feliz que fiquei com a resenha, até desaprendi a escrever... ;) Beijos

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