Conto# - Como Nasce o Mal- pelo escritor Fernando Ferraz

Olá seguidores e leitores do Entre Resenhas!!!

Vim partilhar aqui com vocês um presente especial para o blog que recebi do nosso querido escritor e parceiro Fernando Ferraz!!

Eu adoro contos, tem uma aba aqui no blog só para isso, mas tinha que colocar aqui esse presente tão legal e atencioso que o Entre Resenhas ganhou do Fernando. =)

Obrigada Fernando por dividir com a gente um pedacinho seu!!!!





Como Nasce o Mal
Por Fernando Ferraz
            Estávamos no ano de mil quatrocentos e setenta, no norte da Rússia, uma fina camada de neve se espalhava pelo terreno, cobrindo as plantas rasteiras, o branco da neve deslumbrava a visão das pessoas.
            Nesse cenário que vemos uma trágica história, o inverno estava mais forte aquele ano, os caçadores tinham que se esforçar para conseguir abater algum animal, grandes castelos criados para abrigar os poderosos, e em um desses castelos que encontramos os nossos personagens. O grande general Richard Von Karamazov, o melhor general de todos os tempos, cabelos ruivos, olhos verdes, musculoso, sempre andava com a sua espada, um grosso casaco de animal, em suas costas, pelo frio intenso.
            O general desejava muito enfrentar os exércitos inimigos, ele queria ser o melhor dentre os melhores, então seu melhor amigo Luwevisk Von Moriat, grande amigo de Richard planeja uma emboscada em segredo, para tomar o posto de General.
            Aquele plano era um dos mais ousados e maquiavélicos possíveis.
            O rei era uma pessoa amável e por isso, quase não aconteciam guerras, mas certo rei havia criado uma tensão com o reino de nossos personagens, a guerra era iminente e os inimigos estavam à espreita.
            Luwevisk era um rapaz alto, com os olhos azuis, cabelos loiros, e tinha muita inveja de Richard, tanta inveja que poderia matar.
            Na sala de reunião do castelo, Richard e Luwevisk estavam bebendo Rum e se aquecendo junto à grande lareira do castelo, bolando planos e estratégias, a noite cai e o dia nasce trazendo o grande dia para os dois.
            Luwevisk e Richard arrumam o plano, os soldados e saem do castelo. Faltando menos de dois dias para o exército de Richard chegar ao forte principal, acontece uma emboscada, fazendo com que o plano fosse todo refeito. O exército luta, mas sem sucesso.
            O general Richard, é preso e torturado.  Um dia nas masmorras do castelo inimigo, ele ouve uma voz familiar, aquela voz pertencia a Luwevisk, “O que ele estaria fazendo naquele lugar” ele pensa, “ele veio me salvar”, mas ele ouve o plano que havia feito. As risadas e gritos de comemoração atravessavam as grossas paredes de pedra.
            Depois de toda comemoração, ele pede para descer até o lugar que Richard estava, passando pelo grande corredor, os barulhos dos pingos de  água faziam com que os prisioneiros ficassem loucos, ele caminha até a porta de madeira, abrindo- a devagar, aparecendo calmamente.
            - Vejo que está sendo bem tratado aqui meu general. - zomba Luwevisk, vendo a maneira que seu amigo estava.
            - Você me traiu! Como você pode! Eu deveria saber... que queria algo mais... Mas agora...
            O sangue que saia de seu corpo o fizera perder a consciência, ele que antes era visto todo poderoso, parecia uma pessoa indefesa agora, cabelos desarrumados, vários cortes pelo corpo, as roupas em farrapos.
            - Ele desmaiou! Que pena queria dizer que o nosso rei foi morto, e o único nobre que restou foi eu, e estou a um passo de me tornar rei. – fala Luwevisk, com um sorriso no rosto.
            As portas se fecham e Richard acorda, ele ouvira o verdadeiro plano de Luwevisk, agora ele teria que pensar em como sair daquele lugar e se vingar.
            As portas das masmorras se abrem novamente era o seu almoço já parecia fazer meses que ele estava ali naquele lugar fétido, ele então pede para soltar uma das algemas para ele comer, eis que nessa hora Richard se levanta e com as correntes ameaça o guarda que protegia aquele lado, ele retira a espada da bainha do guarda, o matando e fugindo do castelo pela floresta negra.
            Luwevisk estava para ser coroado rei. As vestimentas já estavam prontas, quando surge do meio da floresta aquele ser. A pessoa todos reconhecem, então outro nobre havia sobrevivido, o terror de Luwevisk era visto em seus olhos, seu amigo e o único que sabia do plano estava ali, prestes a acabar com tudo.
            Richard olha para Luwevisk e começa uma discussão com ele, todos se perguntavam o que havia acontecido. Então um dos soldados de Luwevisk conta todo o plano, pois estava sendo ameaçado por uma adaga, ele então fala que Richard estava preso, e Luwevisk foi o mandante de tudo.
            O povo da bela cidade se revolta e começa a atacar Luwevisk, que tinha um plano na manga e havia chamado sua guarda para se defender. A guarda mata muitos habitantes, com isso Richard, enfrenta algumas pessoas, e abre caminho até onde Luwevisk está.
            Ele olha para o amigo e fala:
            - A vingança é um ódio impregnado pela alma, não vou te matar pois seria muito pouco para minha vingança, hoje vou me vingar, te prendendo em meu castelo, tudo que queria era ser rei e eu estou tirando isso de você. – fala Richard, colocando as correntes que ele foi preso nos braços de Luwevisk. – esse foi seu erro, em nunca pensar que eu poderia querer me vingar, a vingança lhe dá força, você se agarra a vida, para poder um dia retribuir aquilo que recebeu de outra pessoa.
            - Meu amigo não faça isso! Eu lhe imploro. – Luwevisk fala com lagrimas nos olhos. E por um momento Richard abaixa a guarda, nesse meio tempo Luwevisk abaixa, retira um pedaço de madeira que estava ali no chão pelo combate das tropas, ele apenas perfura o estomago de seu oponente, o sangue escorria freneticamente, Luwevisk chega bem perto da orelha e diz:
            - Nunca diga seu plano para ninguém, antes de conclui-lo com êxito, essa gente toda em pouco tempo estará acalmada e eu serei rei, e você será mais um morto, no meio de tantos!
            E assim nesse reino a neve cai novamente, dessa vez com um colorido rubro, pelo campo.


Beijos e boa viagem..
Rê Souza

            

2 comentários

  1. Oi Rê....
    Fiquei triste com o final do texto achei que Richard iria conseguir, mas enfim em um ponto tenho que concordar com Luwevisk jamais devemos contar nossos planos e desejos antes de concretiza-los, é algo que venho tentando praticar na minha vida... nem sempre conhecemos o coração de quem está em nossa frente. Adorei Xero!

    http://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/

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  2. Olá Diana!!

    Verdade!! Esse conto nos faz pensar muito!!

    Concordo com você,a gente nem imagina o que se passa no coração das pessoas,por tanto vale a pena tomar cuidado!!

    Beijo
    Rê Souza

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Olá, agradeço pelo comentário!
Volte sempre!!
Beijocas!!