#Resenha - A Caverna Cristalina Volume III - Capturados no Tempo, de Christiane de Murville - Chiado Editora

Olá queridos leitores!



Sinopse:

Já estava anoitecendo quando os oito voltaram a focalizar o interior da ânfora cristalina. Tinha voltado a chover e não era uma chuvinha à toa. Pingos grossos e abundantes penetravam pela janela no alto e trovões enfurecidos faziam a terra tremer, anunciando mais um temporal na chapada. Voltar à vila agora, no meio da chuva forte, não parecia ser a melhor coisa a fazer. Nenhum dos oito queria arriscar ser arrastado em uma enxurrada, soterrado em um deslizamento de terra ou abalroado por uma árvore desenraizada. Ficariam na caverna, bem abrigados do vento e da chuva, aguardando a tempestade passar ou pelo menos abrandar.

Muito em breve, a noite cairia de vez e, mesmo sendo lua cheia, o breu seria completo por conta do céu encoberto com nuvens espessas. (...) O barulho da chuva forte e os estrondos que cruzavam os céus reverberavam nas paredes rochosas, ganhando proporções ensurdecedoras. Parecia que estavam dentro de um tambor ou mesmo de um amplificador de som! Não dava mais para conversar ou mesmo ouvir o colega ao lado. E a chuvarada descia como uma torrente pela janela da caverna, lavando vigorosamente as paredes da ânfora azul, de onde brotavam inúmeros filetes de água que iam desaguar no poço. Este último já tinha transbordado e o nível de água continuava subindo a olhos vistos. Estavam todos ensopados e, em breve, a Morada do Altíssimo estaria completamente alagada. Não parecia mais tão seguro permanecer naquela galeria subterrânea por muito mais tempo.




Resenha:

Capturados no Tempo é o último livro da trilogia A Caverna Cristalina, chegamos ao fim dessa aventura fantástica e cheia de perigos e mundos paralelos visitados pelo professor Samuel e sua equipe de pesquisadores.

Em Capturados no Tempo, Samuel e sua equipe já retornaram a São Paulo depois das diversas experiências e viagens no passado na Chapada Diamantina, e agora estão vivendo um verdadeiro caos na cidade. Falta de água, poluição, epidemias, casas sendo saqueadas, pessoas vindo de países e regiões distantes contribuindo ainda mais para aumentar o caos sem saber ao certo para onde ir.

Em meio a esse pandemônio Samuel e sua equipe resolvem voltar à Chapada Diamantina e assim, dar continuação à suas pesquisas na Morada do Altíssimo, mas ao chegar à vila de Igatu a bússola dada a Samuel pelo chefe índio Acauã, que abre portais na Morada, é roubada e na busca para encontrar o ladrão, eles são levados novamente em uma viagem no tempo, só que agora não mais no passado e futuro de Igatu e sim em mundos paralelos e estranhos onde correm o risco de ficarem capturados no tempo.

Nos deparamos com vários acontecimentos dentro da narrativa, a autora nos apresenta vários mundos paralelos e situações diversas e isso requer um pouco mais de atenção à leitura para um bom entendimento. Devido a essa avalanche de informações acerca desses mundos, ora obscuros, ora iluminados, a leitura se arrasta um pouco, mas, nada enfadonha. Uma obra rica em detalhes e cheia de surpresas.

Cada personagem precisa tentar de alguma forma não se deixar aprisionar nesses mundos e suas energias . O tempo todo somos levados de um lado a outro para várias dimensões e acontecimentos simultâneos,  é uma viagem interior onde cada um tem que se libertar de suas projeções pessoais e do desejo de permanecer aprisionado em seus próprios mundos.

Passamos a ver cada viajante do tempo sendo envolvido e preso em várias situações e nós, torcendo o tempo todo para que cada um faça a escolha certa.

A narrativa da autora continua instigante, Christiane consegue nos prender na leitura do início ao fim. Capturados no Tempo não só é uma aventura fantástica como também um alerta, uma sacudida para nos fazer pensar tanto em nossas ações como também ao que está ao nosso redor.

Ficção, que dependendo do ponto de vista de cada leitor se entrelaça com a realidade.

Uma aventura fantástica, que nos leva a diversos patamares, mundos paralelos, dimensões jamais imaginadas junto de personagens que beiram o real.

O final foi surpreendente, achei incrível o final dado a cada personagem criado com tanto capricho pela autora, e o final que mais me cativou foi o de Benjamim, agora o de Zarek, não poderia ter sido outro...

A capa é muito bonita e tem como imagem o símbolo do infinito que coube perfeitamente nessa história. Encontrei algumas letrinhas trocadas, creio que erro de digitação, mas nada que atrapalhasse a leitura.

As páginas são amarelas e repletas de ilustrações relacionadas aos acontecimentos, a edição está muito bonita. Foram 486 páginas surpreendentes. 


Conheça a trilogia completa aqui: 

http://entreresenhas.blogspot.com.br/2015/07/resenha-caverna-cristalina-uma-aventura.html

http://entreresenhas.blogspot.com.br/2015/08/resenha-caverna-cristalina-volume-ii-o.html


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Essa resenha foi escrita originalmente por mim para o blog Escrev'Arte no qual sou colaboradora.

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