#Resenha - O Segredo das Runas - A Escolha de uma Valquíria, de Caio Rodrigues Alves - Chiado Editora

Olá queridos leitores!


Sinopse:


"O atentado do dia 11 de setembro entrou para a história como a maior ofensiva terrorista já registrada. Em resposta, o governo americano implantou austeras medidas para erradicar este mal do novo milênio. Com o medo assolando as ruas e o clamor por justiça sendo bradado a plenos pulmões pelas massas, a passional doutora Sophie Campbell teme pela convocação de sua irmã, a oficial das forças aéreas americanas, Claire Campbell, a uma guerra despropositada. Sem argumentos convincentes o suficiente para arrefecer o nacionalismo palpitante no coração de sua irmã, Sophie pede conselhos ao seu sábio tio, dono de uma ilustre livraria, que lhe indica um misterioso livro nórdico: “A Escolha de Uma Valquíria”.

Sem entender o motivo da inusitada indicação, a médica inicia a controversa leitura e aos poucos vai se identificando com os questionamentos e as emoções da poderosa valquíria Arthenis, que também se via com o espírito atormentado, buscando por respostas perante o inevitável mal que se aproximava. Sem conseguir se lembrar do passado que lhe fora tomado, a valquíria vagava em meio a nebulosas incertezas até o Ragnarok, o crepúsculo dos deuses, o fim dos tempos para a civilização viking.
Sentindo seus corações conexos, Sophie imerge no universo fantástico da mitologia nórdica, desbravando uma empolgante jornada épica ao lado de Arthenis. Porém, o que ambas não sabem é que tais mundos distantes podem ser apenas reflexos de uma única realidade.

As areias escorrem na ampulheta do tempo para que Sophie impeça sua irmã de uma arriscada empreitada militar e para que Arthenis alcance sua salvação no fatídico Ragnarok."


Resenha:
Quando solicitei esse livro da minha parceira Chiado Editora, tive a certeza que seria mais uma grande obra de literatura fantástica, e depois de ter mergulhado nesse mundo nórdico cheio de personagens e acontecimentos fascinantes fui cativada de tal forma que se tornou um dos meus favoritos.

Caio Rodrigues Alves, soube criar uma obra que além de fascinar, nos traz uma mostra de como o amor é capaz de transcender qualquer barreira.

O autor nos presenteia com duas histórias, ambas incríveis.

Sophie, uma jovem médica, tenta fazer com que sua irmã Claire, desista de partir para uma eminente guerra depois do atentado terrorista de 11 de Setembro. 

E para encontrar uma solução, busca ajuda do seu Tio Walt, dono de uma livraria, que empresta a ela um livro antigo e misterioso de seu próprio acervo, mesmo achando que aquele livro não ajudaria a solucionar seu problema, Sophie começa a leitura e logo se vê mergulhada na vida da personagem principal, Arthenis, uma poderosa valquíria, filha de Odin, o deus da guerra.

Histórias ligadas à mitologia sempre me fascinam, e Caio conduziu essa narrativa com maestria.

Uma obra ricamente elaborada, o mundo nórdico, seus deuses, guerras sangrentas, valquírias e seres místicos apresentados por ele tornou a história envolvente e admirável.

A ligação entre Sophie, seus questionamentos e incertezas fazem com que ela se identifique imediatamente com Arthenis.
Sophie busca desesperadamente uma maneira de salvar a irmã, nem que lhe custe a vida, e Arthenis começa a interpelar o porquê do vazio que sente arriscando perder sua própria vida para descobrir o que lhe falta e salvando um mortal por amor.

É uma leitura um pouco complexa, pois envolve muitos elementos e acontecimentos simultâneos, mas mesmo assim é uma leitura fluída, ágil, que nos prende do início ao fim.

A obra é completa, podemos contar com um glossário de palavras referentes a era viking encontradas durante a leitura , o significado dos nomes dos personagens e o significado dos símbolos das runas.

O autor está de parabéns pela grandiosa obra.

A capa é linda, a edição está perfeita como sempre, a Chiado Editora está de parabéns.

Incrível. Espetacular. Marcante.


Além das considerações finais, encerro a resenha com esse magnífico poema, tradução original “o Epitáfio da Valquíria Kare” encontrado na Noruega pelo arqueólogo britânico David Kenway em 12 de Dezembro de 1990.

“ Eu nasci como uma mulher...
E morri como uma Valquíria.
Encontrara no amor um significado
para minha vida como mortal...
Mas ao transcender a ostentosa eternidade do Valhalla
deixei esse significado escapar,
o substituindo por ilusões.
Como fazer de honra e glória sentidos de uma vida e, [dever,
o único caminho a se seguir
quando parecia atordoada, vazia...
Um amor puro me libertou novamente e me fez acreditar a este o caminho
a guiar o mundo, um novo mundo.
Destino, seja ele designado por alguma divindade ou
pelas conseqüências de nossas ações, nada
mais é se não um caminho submetido a nossa
liberdade de escolha.
E eu fiz a minha.
Esse é só o final de mais uma jornada,
uma mera lenda
que dará lugar a tantas outras.
Quem sabe com novos homens e mulheres?
Talvez com nomes diferentes de
valquírias, einherjars ou deuses...
Pois estes mudarão de título e forma...
Mas por certo voltarão a existir.
Porém, aos seus lados também existirão Hoffen e Lieben
para ajudá-los em suas escolhas,
na composição de suas próprias histórias.” 







Image and video hosting by TinyPic

Nenhum comentário

Postar um comentário

Olá, agradeço pelo comentário!
Volte sempre!!
Beijocas!!