#Resenha - Deserto de Ossos, de Chris Bohjalian - Companhia Editora Nacional

Olá queridos leitores!



Sinopse:

Em 1915, o massacre de milhares de armênios perpetrado pelos turcos tingiu para sempre as areias do deserto sírio com o sangue e os ossos de uma civilização inteira. Em meio a esse cenário desolador, Armen Petrosian, um jovem engenheiro armênio que perdeu a esposa e a filha, e Elizabeth Endicott, uma rica jovem americana, se apaixonam. Mas antes de assumir o que sentem, eles se separam quando Armen se alista no exército britânico e Elizabeth vai trabalhar como voluntária. Ambos testemunharão atrocidades que os marcarão para sempre antes que possam se reencontrar. Quase um século depois, às vésperas do centenário do genocídio, a neta do casal, Laura, embarca em uma jornada pela história de sua família, descobrindo uma história de amor, perda e um delicado segredo que ficou soterrado por gerações.


Resenha:

Quando recebi a lista de lançamentos da Editora Nacional e me deparei com a capa e sinopse desse livro, confesso que me apaixonei no mesmo instante e esperei ansiosamente o recebimento do mesmo, e não me arrependo em nenhum momento pela espera.
E assim que terminei a leitura, passei um tempo contemplando a capa do livro em absoluto silêncio tentando colocar em ordem meus sentimentos.

Chris Bohjalian, usou como pano de fundo a primeira guerra mundial em 1915 e um dos maiores genocídios da história para nos presentear com esse romance incrível e inesquecível,  Deserto de Ossos.

Muito é comentado sobre a Segunda guerra mundial, a perseguição dos nazistas e atrocidades cometidas por eles contra os judeus, mas, com relação à primeira guerra mundial, e principalmente o que Chris Bohjalian descreve em Deserto de Ossos sobre um dos maiores genocídios da história contra os armênios, quase não se vê falar à respeito. E depois disso eu me pergunto, não só como um milhão e meio de pessoas morreram sem que ninguém tenha visto, mas também, como o ser humano pode ser capaz de cometer tantas atrocidades e devastação?

Não existem palavras para descrever o que os turcos fizeram aos armênios, principalmente contra mulheres, jovens e crianças em meio ao deserto longe dos olhos do mundo.

A história é narrada por Laura, neta de Armen Petrosian, um engenheiro armênio e Elizabeth Endicott, uma americana que junto do pai se voluntariou para ajudar refugiados armênios, e em meio a tanta destruição e mortes, se apaixonam.

Devo dizer que por mais que a história tenha sido chocante, trágica e estarrecedora, Chris escreve de maneira encantadora, ele arrebata o leitor já nas primeiras páginas, não consegui largar o livro, ele soube, de maneira harmoniosa, em meio a tanto caos, mortes e destruição, nos presentear com uma linda história de amor.

O autor intercala a narrativa em duas partes, onde Laura conta toda a história dos avós baseada em cartas escritas por Elizabeth à Armen, um diário e documentos enviados na época de 1915 aos Amigos da Armênia, e - dias atuais, onde ela narra como se sente e conta   sobre sua obsessão pela história dos avós e assim descobre um segredo guardado por gerações, este, de partir o coração.

Chris criou personagens fortes e intensos, cativantes, cada qual à sua maneira, mesmo os personagens secundários deram à trama um toque todo especial e marcante.

Deserto de Ossos mexe com nosso emocional. Aqui o leitor se sensibiliza, chora, ama, odeia e questiona, tudo ao mesmo tempo.

Chris conduz a narrativa de maneira fluída e interessante, por mais impactante que tenha sido os acontecimentos- bem descritivos por sinal, a escrita de Chris é romantizada e tocante, me cativou do início ao fim. 

Deserto de Ossos é uma história bem construída, sem pontas soltas, tudo se enlaça de maneira perfeita.
Um romance com uma narrativa incrível e apaixonada.

Deserto de Ossos, se tornou mais um dos meus romances preferidos que ganhou um lugar especial na minha estante, digno de ser lido novamente.

Forte. Tocante . Impactante e Cheio de paixão 


A capa e a edição estão lindas. 



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